Assim, numa bela manhã,
depois de buscarem um caminho por onde subir aos céus, o mais pequenino
dos macacos teve a ideia de subirem uns nos outros para alcançarem a
lua.
A fila foi crescendo e se erguendo pelo céu até que o pequeno macaquinho acabou por tocar na Lua.
Mas antes que
ele pudesse puxá-la para a Terra, a coluna se desmoronou. Todos caíram e
somente o macaquinho ficou agarrado à Lua. Ao se dar conta do ocorrido,
a Lua o segurou pela mão, olhou-o com espanto e achando a cena
engraçada, deu-lhe de presente um tamborzinho.
Não tendo meios de
voltar à Terra, o macaquinho aprendeu a tocar o instrumento. Mas com o
passar dos anos, a saudade aumentava e a falta de sua gente o fazia
sonhar com as palmeiras, mangueiras, acácias, coqueiros e bananeiras que haviam ficado para trás.
Então, foi pedir à Lua que o deixasse voltar!
Intrigada, a lua lhe perguntou:
- Por que você quer voltar? Não estas feliz aqui? Não gostas de seu presente?
E com lágrimas nos olhos, o macaquinho explicou-lhe o que lhe fazia falta.
Mais uma vez, com pena do macaquinho, a Lua amarrou o tambor ao macaquinho e disse:
- Macaquinho de nariz branco, vou-te fazer descer, mas ouve bem o que te digo!
Não toques o tamborzinho antes de chegares lá baixo.
E quando puseres os pés na Terra, tocarás então com força para eu ouvir e cortar a corda. E assim ficarás livre.
Mas a meio da viagem, não resistiu!
Bem de leve, de modo que a Lua não pudesse ouvir, pôs-se a tocar o tambor.
O vento que fazia a corda estremecer, levou o som para Lua que ao ouvir o som, pensou: “O Macaquinho chegou à Terra”. E logo cortou a corda...
Neste momento, o macaquinho foi atirado ao chão, caindo desamparado em sua ilha natal.
Ao
ver o macaquinho estendido no chão, uma menina que cantava e dançava ao
rítmo de uma cancão, correu a ajudá-lo. Mas a queda tinha sido de muito
alto e o macaquinho não resistiu. Porém, antes de morrer, conseguiu
dizer à menina que aquele instrumento era um tambor e que ela deveria entregá-lo aos homens do seu país...
Recuperada da surpresa, a menina, correu o mais rápido possível para contar aos homens da sua terra o que acontecera.
Aos poucos, foram chegando gente e mais gente e foi então, que naquele recanto da terra africana se fez o primeiro batuque ao som do primeiro tambor.
A partir de então, os homens construíram muitos tambores e, desde então, não há terra africana sem este instrumento.
O tambor ficou tão querido entre o povo africano, que em dias de
tristeza ou em dias de alegria, é ele quem melhor exprime a grandeza da sua alma.
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