sábado, 22 de março de 2014

Lendas dos Orixás - Oxum Opará e Yansã Onirá




Ypondá e Opará disputavam o mesmo amor. 
Em um determinado dia, Ypondá deu-se conta de que os olhos de Opará brilhavam muito quando avistava Erinlé, o Odé preferido de Ypondá. Ypondá muito faceira e perigosa, andava sempre armada com seu par de fisgas (espécie de arpão), chamou Opará até próximo a ela e pediu que se ajoelhasse. Opará sem entender cumpriu o que a Osun mais velha solicitou, nesta fase Opará era uma espécie de dama de companhia de Ypondá. Opará muito jovem e bela sempre afoita e guerreira, ficava sempre sentada aos pés de Ypondá. Ao abaixar-se, Ypondá fisgou-lhe as duas vistas e arrancou fora tornando-se então, Opará a Osun cega. (Por isso, dentro de seu Igbá põe-se um par de olhos). Onirá, revoltada com tal situação, tenta comprar a briga de Opará, lançando raios contra Ypondá, e queimando os pés de minha senhora. Ypondá por sua vez muitíssimo inteligente mira o abebé dela contra os raios de Oyá e a cega também.
Desde então, Opará e Oyá guiam-se uma a outra, fazem companhia, são inseparáveis.
A esta Oyá damos o nome de Onirá, que é uma Oya Olodo (ou seja, das águas), e também, existem dois caminhos de Opará:
Opará Hubjebé, a que vem com Oyá
Opará Akurálonà, a que vem com Ogun.
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