Era uma vez uma viúva que nunca amou. Ela casou sem conhecer o noivo, e ele logo morreu. Ela ficava triste quando se falava em amor.
Um dia ela conheceu um homem que se dizia apaixonado. Ela
também gostou dele. Cada dia gostava mais. Ele era muito alto, com
pernas e braços enormes, mas a cada dia que passava ele diminuía. Até
que virou um anãozinho. Continuou diminuindo e a mulher o guardava no
seio. Por fim ele diminuiu tanto que desapareceu.
A mulher sentiu muito, chorava dia e noite. Passado algum tempo
ela conheceu outro homem, desta vez pequenino. Ela começou a gostar
dele, e ele começou a crescer. Quanto mais ela o amava, mais ele
crescia. Finalmente ele cresceu tanto que não passava na porta. Eles
passaram a se encontrar do lado de fora.
Ele continuou crescendo, tanto que ela sentava na palma da sua
mão. Era um amor diferente, porque ela havia sido encantada por ele, que
era o rei dos encantados. Ele colou as pernas dela e fez meio corpo de
peixe, da cintura para baixo. Cobriu o corpo dela de escamas prateadas,
e pintou-lhe os cabelos dourado. Em seguida levou-a à praia, chamou
os peixes e apresentou-a como Kisimbi (outro nome de Ndanda Lunda), a
rainha das águas, e entregou-a aos peixes, que a levaram em procissão.
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